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O Dr. Fabricio Lopes da Fonseca teve seu artigo ” LACRIMAL SYSTEM OBSTRUCTION AFTER RADIOIODINE THERAPY IN DIFFERENTIATED THYROID CARCINOMAS: A PROSPECTIVE COMPARATIVE STUDY” aceito para publicação na revista científica Thyroid, principal periódico dedicado às doenças da tireóide e seus tratamentos e editado pela Associação Americana de Tireóide.

O artigo é fruto da sua Tese de Doutorado, defendida em junho de 2016 na Faculdade de Medicina da USP.

Nos últimos 10 anos, houve um grande aumento do estudos científicos dedicados  a pesquisar maneiras de impedir ou retardar a progressão da miopia, notadamente em crianças e adolescentes.

Dentre as formas de tratamentos pode-se citar as lentes de contato bifocais e multifocais e o tratamento farmacológico com uso de colírio de atropina, este última sendo a mais promissor. O uso de óculos, lentes de contato gelatinosas, rígidas ou ortoceratologia parecem ter efeitos similares na progressão da miopia (Cui Y, Li L, Wu Q, Zhao J, Chu H, Yu G, Wei W.  Myopia correction in children: a meta-analysis. Clin Invest Med. 2017 Jun 26;40(3):E117-E126.).

O colírio de atropina em baixas doses vem sendo avaliado em todo o mundo, porém são necessárias algumas ressalvas. Esse tratamento ainda é realizado sem normatização específica das agências reguladoras de medicamentos. Além disso, o potencial efeito rebote após a suspensão da medicação, com posterior aumento da miopia, assim como a falta de eficácia da atropina em retardar o aumento do tamanho ocular e eventuais efeitos adversos locais e sistêmicos dessa medicação no uso de longo prazo exigem estudos mais aprofundados, antes de permitir a prescrição disseminada deste tratamento para todas as crianças míopes.

Estudo de revisão publicado recentemente aponta para a eficácia do uso de colírio de atropina em baixa dose (0,01%) na diminuição da progressão da miopia. Entretanto, as evidências mais confiáveis provém de populações asiáticas, sendo que os trabalhos em demais populações não demonstraram evidências suficientes que suportem o uso disseminado da atropina. (Pineles SL, Kraker RT, VanderVeen DK, Hutchinson AK, Galvin JA, Wilson LB, Lambert SR. Atropine for the Prevention of Myopia Progression in Children: A Report by the American Academy of Ophthalmology. Ophthalmology. 2017 Jun 29. pii: S0161-6420(17)31675-5.)

Assim, é importante discutir com seu médico oftalmologista sobre a conveniência e a indicação destes tratamentos. Entretanto, o estímulo às atividades ao ar livre e a diminuição do uso de dispositivos eletrônicos  por tempo prolongado podem ser benéficos em diminuir o surgimento da miopia (Xiong S, Sankaridurg P, Naduvilath T, Zang J, Zou H, Zhu J, Lv M, He X, Xu X.  Time spent in outdoor activities in relation to myopia prevention and control: a meta-analysis and systematic review. Acta Ophthalmol. 2017 Mar 2.)

Lembre-se também que para a manutenção da saúde ocular das crianças, é importante que sejam  submetidas ao exame oftalmológico já no primeiro ano de vida, e anualmente, até o início da adolescência.

Alterações súbitas em sua visão e no aspecto dos olhos não devem ser ignoradas, pois podem indicar doenças graves. Fique atento em caso de:

1.Manchas, turvação visual ou flashes de luz: esses sintomas podem decorrer de condições como descolamento de vítreo posterior, uveítes (inflamações intraoculares), tração ou rutura retiniana. Caso estejam presentes, indicam necessidade de avaliação oftalmológica precoce.

Flashes luminosos (fotopsias)

2.Perda súbita de visão central ou periférica: o escurecimento súbito da visão central ocorre em casos de neuropatias ópticas isquêmicas (“infarto” do nervo óptico), neurites ópticas, hemorragias ou oclusões vasculares. A perda aguda de visão periférica é mais comumente causada pelo descolamento de retina. Procure imediatamente um médico oftalmologista.

3.Dor e vermelhidão oculares: a dor é um sinal de alerta importante, e não deve nunca ser ignorada. Ceratites, fechamento angular agudo (antigo glaucoma agudo), uveítes e até mesmo corpos estranhos na superfície ocular podem ser causas desses sintomas.

4.Diplopia (visão dupla): pode indicar condições como distúrbios metabólicos, doenças musculares (miopatias) ou neurológicos, como o acidente vascular cerebral. O exame oftalmológico imediato é indispensável para o diagnóstico e tratamentos adequados.

Cuide de seus olhos e visite regularmente seu médico oftalmologista!

Nos dias 02 e 03 de dezembro, o Dr. Fabricio Lopes da Fonseca estará presente no Congresso de Oftalmologia USP, como participante da Grade Científica.

Investigadores usaram dados de um estudo que avaliou o efeito da Dieta Mediterrânea sobre a saúde cardiovascular para analisar as propriedades neuroprotetivas da suplementação de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa em pacientes com Diabetes Tipo 2.

Os pacientes foram divididos uma das 3 dietas: Dieta Mediterrânea suplementada com óleo de oliva; a mesma dieta suplementada com nozes ou uma dieta de baixa gordura. Aos 6 anos de seguimento, os indivíduos que reportaram consumo de ao menos 500 mg/dia de ácidos graxos Omega-3 (equivalentes a 2 semanas de consumo de óleo de peixe) ao exame de base tiveram um risco reduzido de 46% de desenvolvimento de retinopatia diabética com impacto visual comparada com aqueles que não reportaram esse consumo. Adicionalmente, aqueles que continuaram a seguir as recomendações  mostraram risco menor (48%), independente de qual grupo de Dieta Mediterrânea tenham sido designados.

( JAMA Ophthalmology, Agosto 2016)

Uma análise do seguimento de pacientes do estudo ACCORD mostrou que pacientes com diabetes tipo 2 diminuem seu risco de retinopatia pela metade 4 anos após controle intensivo de hemoglobina glicada (<6% seria o objetivo). Inicialmente, o estudo ACCORD mostrou que o controle intensivo diminuía a progressão da retinopatia a 1/3. Esta reavaliação do grupo com controle glicêmico intensivo após 4 anos acabou mostrando que somente 5,8% dos pacientes tinham progredido na avaliação da retinopatia diabética, comparado com 12,7% dos pacientes que tinham recebido controle glicêmico padrão (7.0-7.9% seria o objetivo). Os autores afirmam que seus achados fornecem evidências de que há um “efeito legado” do controle glicêmico. Controle intensivo da pressão arterial não apresentou nenhum efeito sobre a retinopatia hipertensiva.

(Diabetes Care, Junho de 2016)

Na última 6a feira (03), no prédio principal da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o Dr. Fabricio Lopes da Fonseca foi aprovado por unanimidade pela Banca Examinadora e obteve o título de Doutor em Ciências (Programa de Oftalmologia).

A Tese pode ser acessada na íntegra no endereço:

 http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082016-153637/

De 10 a 16 de março ocorre a Semana Mundial do Glaucoma, doença considerada a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Por não apresentar sintomas em grande parte dos casos, a pessoa não percebe a lesão do nervo e das fibras nervosas que afetam o campo visual. Quando não tratada, essa lesão pode levar à perda total da visão.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos no mundo. A doença é mais comum após os 40 anos de idade, atingindo aproximadamente um milhão de brasileiros. É a partir dessa idade que os exames de diagnóstico devem ser realizados anualmente. Se houver fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes e histórico familiar de glaucoma, deve-se antecipar a procura por um oftalmologista.

Caso a doença seja detectada, o tratamento consiste em uso de colírios que diminuem a pressão intraocular e, geralmente, evitam a progressão da doença. Porém, o dano estabelecido não pode ser revertido. Em casos específicos, o tratamento a laser e a cirurgia também são recomendados. 

Projeções mostram que metade do mundo será míope em 2050
Investigadores realizaram revisão de 145 estudos publicados após 1995 para avaliar a tendência mundial da miopia. Os autores estimam que 22.9% da população mundial – ou 1.4 bilhões de pessoas— são míopes e prevêem um aumento de 49.8% (4.8 bilhões) em 2050, 10% dos quais terão alta miopia. Os autores fazem suas projeções presumindo que mudanças de estilo de vida, menor tempo em áreas externas e maior tempo em frente a monitores “aumentarão com o aumento da urbanização e do desenvolvimento.”

(Ophthalmology, Maio 2016)

IMPORTÂNCIA DA EQUIPE CIRÚRGICA – OBRIGATORIEDADE DE MÉDICO AUXILIAR E PAPEL DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO

Existem duas lógicas para a obrigatoriedade da presença de médico auxiliar: uma legal e outra de segurança, ambas totalmente relacionadas.

No aspecto legal, a resolução CFM nº 1.490, de 1996, exige a presença de um auxiliar médico durante qualquer procedimento cirúrgico. Apesar de vigente há quase 20 anos, um parecer atual (CFM nº 4, de 2015) reforça essa resolução, sem qualquer tipo de adaptação.